A MINHA LEITURA (2)
«No tempo em que eu ainda trepava às árvores, vivia na nossa aldeia, a
uns dois quilómetros da nossa casa, um homem a quem chamavam senhor Sommer.
Ninguém sabia qual era o seu nome de batismo e também ninguém sabia se ele
tinha ou não uma profissão.
Mas embora pouco se soubesse sobre o senhor Sommer, toda a gente o
conhecia, pois andava permanentemente de um lado para o outro. Podia nevar ou
cair granizo, podia estar um temporal ou chover a cântaros, podia o sol queimar
ou aproximar-se um furacão, sempre o senhor Sommer peregrinava como uma alma
penada, atravessando a paisagem e os sonhos do narrador.
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